Eu sei que prometi a mim própria escrever mais vezes - um grande suspiro aqui. Às vezes as coisas fogem um pouco do meu controle... por isso, peço desculpas.
Descobri
este grupo no Facebook e tenho que admitir que já tinha saudades de fazer patchwork para mim e, ainda por cima em português.
Coincidência das coincidências, não é que estavam a começar um quilt along?! Que pontaria! Não se faz tarde nem cedo, pedi para me juntar ao grupo e também participar no Quilt Along. Adivinhem: estou in!
Assim começam as peripécias:
Que tecidos escolher? Sim, que isso de escolher tecidos tem a sua ciência; vasculhei as estantes e as caixas e fiz cinco grupos diferentes em estilo, padrão e cor. Agora, qual dos cinco?
Se vos disser que demorei uma semana a escolher vão pensar que estou a brincar, mas não estou não! Aí é que começou a novela: este não que o padrão é muito grande, este não porque não fica bem ao pé daquele, este gosto mas também não porque vou guardar para outro projecto, estes não porque eu já tenho um em projecto nestes tons, decididamente este é não porque ele é tão lindo que não consigo cortá-lo - ao final, das cinco escolhas fiquei reduzida a... zero! Nicles! Foram todos rejeitados com desculpas disparatadas.
Pensando, descartando ideias, quase a entrar em desespero pensei: como não tenho nenhum de Natal, apesar de estarmos em Maio não seria uma má ideia. O que é que isso interessa estarmos em Maio?! Assim poderia ser que quando chegasse o Natal o quilt estaria terminado. (sonha, sonha!)
Tecidos escolhidos, borrifados, passados a ferro e, toca de fazer os dois primeiros blocos todos muito bonitinhos e certinhos.
Mas não é que havia ali qualquer coisa que não estava bem?! Sempre que olhava para os malfadados blocos era como se eles me estivessem a oferecer um limão (não uma limonada note-se!). E ao fim de três dias eu e os blocos ainda não estávamos em sintonia para a limonada.
Se é assim que vai ser o nosso relacionamento, acho melhor acabar com a relação logo no começo; blocos para dentro da caixa dos rejeitados e toca a vasculhar nas caixas, caixinhas e gavetas à procura do tal sr. perfeito, aquele que fizesse o tcham assim que eu lhe pusesse a vista em cima.
Pode-se dizer que entrei mais uma vez numa missão impossível: mais desculpas, das mais esfarrapadas possíveis, para não usar este ou aquele tecido.
E é assim que numa caixa de sapatos estava um projecto completamente esquecido. Olhei para os tecidos, eles olharam para mim, voltamos a olhar uns para os outros, reviro o conteúdo da caixa, há aqui tecidos que não me agradam pois as cores de alguns são mortiças digo, os tecidos começam a lamentar-se de que vão ficar fechados na caixa por mais outra década e, não é que a caixa de sapatos também protesta?! Diz que quer uma mudança de conteúdo! Junta-se a canalha toda e tenho uma manifestação em cima da base de corte com reivindicações de melhores condições de trabalho, mais projectos, etc.
Foi um Deus me acuda!
Estava a ver que tinha de chamar a Força de Intervenção mais a GNR e os bombeiros!
Face a esta insurreição e tanta lamechice e antes que o protesto se espalhasse pelas hordas vizinhas decido usá-los no projecto. Mas ficou o aviso de que seriam adicionados novos tecidos e descartados os que não me agradassem.
Mãos à obra que já se faz tarde: bloco 1 e 2 correu bem mas no terceiro bloco houve logo um desentendimento entre o verde e o pérola; não quiseram ficar frente a frente quando os cosi; não sei se foi o pérola que virou costas ao verde ou se o verde é que virou costas ao pérola. Resultado, tive que pedir ajuda ao meu grande amigo, Jack the Rip, e só assim é que eles se entenderam.
E aqui estão os três primeiros blocos; em relação ao tamanho escolhi fazer com 6". Com a adição de novos tecidos ficou muito mais vivo apesar do estilo dos tecidos e, posso dizer que me sinto bastante satisfeita com o resultado final. Agora é esperar pelos próximos blocos.